quinta-feira, 31 de maio de 2007



LIBERDADE


um beijo , aquele que não beijei
o amor , um qualquer, que não vivi
tudo filtra-se aqui na canção
tudo foge de mim
o que roubo dali
de um choro,
da dor,
de uma paixão,
a busca incessante ao perfeito som
e o mistério do gesto
o desejo o é
o espesso desejo do bom
ser ladrão
a cata de toda emoção
um cuidado ao bem que se tem
um necessário bater de tambor
o baile da chuva
a dança
a criança
a paz
melodia
harmonia
um toque , o qual , de escape...liberdade
ao beijo ,aquele que já beijei
ao amor , um qualquer, que já vivi...
um cuidado ao bem que se tem
um necessário bater de tambor
o baile da chuva
a dança
a criança
a paz
melodia
harmonia
um toque , o qual, de escape...liberdade
ao beijo, aquele, que hei de beijar
ao amor, um qualquer, que vou sentir


tudo filtra-se aqui




- MV- 00-

RAZÃO ROUBADA

trafego numa via imaginária
pleiteando o lirismo
que de tu escapara
ao invadir minha alma
e rogo que teu colo seja minha pousada
e tive enfim, a razão roubada
em imprecisos segundos
a paixão me assaltara
às horas da vida pesada
e rogo que teu colo seja minha pousada
com empenho me ponho
diante de ti
na esperança de azuis que de um mar conheci
quase a esmo ,se sonho
aos prazeres me dei
de euforia malicia, que são dela
também me tomei
me guardo e aguardo a história
que um dia o destino
de nós prentendêra
ao juntar-nos do nada
e rogo que teu colo seja minha pousada

- MV - 99 -
do mar

trago em mim o mar
fúria do mar, o bem do mar
venho de azul n’alma
que herdei das águas
de yemanjá
vou de encontro à pedra e quebro a pedra
e volto são
trago em mim o mar
e o alem no mar,
a imensidão
do desejo de estar ali
e romper
e nos lavar
e se possa descobrir
o mistério do velho mar
a beleza
de ter em si
o poder
de desnudar
devassar o existir
ir ao centro do que é amar

- MV - 95 -

terça-feira, 29 de maio de 2007

CELEBRAR


no quando a tribo voltar
ocupar seu lugar e dançar
acordar poeira do chão
pra que o homem-de-lata então
se veja na tribo
e que a luz
que brilha dos belos e nus
propicie o ato de ter
toda alma no corpo a tremer
que o gozo dessa sensação
se espalhe por toda nação
evapore e em nuvem no céu
se derrame garoa ao léu
o beijo da água
molhar
e o homem-de-lata
enferrujar
não mais a carcaça
a impedir
o homem mais homem
sorrir



- MV - 97 -

TARDE AMENA

é como fio pra renda
é assim que chego em ti
tramado em todo desvelo
de ser eterno ,sim
nas mãos vincadas ao tempo
de um velho anseio, pelo desenho de mim
barroco traço que prenda
segredo nosso que diz
nos nós atados perfeitos
somos paixão desde aqui
pra não findar tal enredo
esse enleio, até o feito surgir
ainda a tarde amena
e o sol luzindo o cingir
brotando os tão benfazejos
vestígios da peça enfim
arrematados com esmero e cor e efeitos
que cubra todo existir
do inicio ao meio
manta de um amor sem fim

- MV - 2001-

segunda-feira, 28 de maio de 2007

JORNADA

dá-me a mão , vem cá dançar
ser meu par nesse salão
nos verão a gargalhar
celebrando a união
de rodar nas estradas
a espantar solidão
de tirar amor do nada
sem pressa ,pois o chão
é suave ,e a vereda
que se abrir é um largo vão
o atalho à jornada
tantos são os que seguirão
vê se ensina o solfejar
de uma tal qualquer canção
que é pra agonia se calar
de quem ainda é escuridão
de madrugadas cansadas
de desejos sem vazão
há quem traga clareza
aos enlaçados na razão
inertes ante à beleza,
nos olhos nossa aparição
como tema de um poema
que arrebate o coração...
- M V - 2005 -

domingo, 27 de maio de 2007

No inicio era o verbo.....

escrever
dizer
desdizer
recriar...
quem sabe por onde vai tanto ?
vejamos ao passar das horas
dos tempos....
viajemos pois...
vamos,vem..