sexta-feira, 1 de junho de 2007

TERÇA FEIRA

acenderam-se as luzes do dia
mas no dia desse dia ficou tudo fora de lugar
silencio fez-se das máquinas
batucada e cantoria
toda gente só sabia de contrariar
na tarde desse dia houve sede de desejo
paixões de tão leves revoaram com o vento
reinvenções de pra quê?
de por quê
porque não?
beijar o seu par
negar o sofrer
ir pelado pro mar...

lua candeia da noite do dia
e um rumor de calmaria e
e olor de sexo sob o luar
mais sábios e plenos
todos traçaram novos dias
na alegria desse dia, dia, dia
na tarde desse dia houve sede de desejo
paixões de tão leves revoaram com o vento
reinvenções de pra quê?
de por quê
porque não?
beijar o seu par
negar o sofrer
ir pelado pro mar
estorvar o poder
aliás, ser bem mais
mais
muito mais
- MV - 94 -
CORAÇÃO VULGAR

meu coração vulgar
pede pousada
e há
de querer muito mais
basta achar um beijo de retenção
que exale o desejo bom
que se preste a nos guiar
por distancias além mar
todos os becos
e bosques
e vales
e vilas
que alcançarmos então
mulher, ame o simples amor de meu coração vulgar
mulher, goste do quanto é o gosto nobre de te cantar
meu coração vulgar
ousa mistérios
e há
de querer muito mais
onde se encontro o raro tesão
o leito que guarda teu corpo e um som


- MV - 97 -

quinta-feira, 31 de maio de 2007



LIBERDADE


um beijo , aquele que não beijei
o amor , um qualquer, que não vivi
tudo filtra-se aqui na canção
tudo foge de mim
o que roubo dali
de um choro,
da dor,
de uma paixão,
a busca incessante ao perfeito som
e o mistério do gesto
o desejo o é
o espesso desejo do bom
ser ladrão
a cata de toda emoção
um cuidado ao bem que se tem
um necessário bater de tambor
o baile da chuva
a dança
a criança
a paz
melodia
harmonia
um toque , o qual , de escape...liberdade
ao beijo ,aquele que já beijei
ao amor , um qualquer, que já vivi...
um cuidado ao bem que se tem
um necessário bater de tambor
o baile da chuva
a dança
a criança
a paz
melodia
harmonia
um toque , o qual, de escape...liberdade
ao beijo, aquele, que hei de beijar
ao amor, um qualquer, que vou sentir


tudo filtra-se aqui




- MV- 00-

RAZÃO ROUBADA

trafego numa via imaginária
pleiteando o lirismo
que de tu escapara
ao invadir minha alma
e rogo que teu colo seja minha pousada
e tive enfim, a razão roubada
em imprecisos segundos
a paixão me assaltara
às horas da vida pesada
e rogo que teu colo seja minha pousada
com empenho me ponho
diante de ti
na esperança de azuis que de um mar conheci
quase a esmo ,se sonho
aos prazeres me dei
de euforia malicia, que são dela
também me tomei
me guardo e aguardo a história
que um dia o destino
de nós prentendêra
ao juntar-nos do nada
e rogo que teu colo seja minha pousada

- MV - 99 -
do mar

trago em mim o mar
fúria do mar, o bem do mar
venho de azul n’alma
que herdei das águas
de yemanjá
vou de encontro à pedra e quebro a pedra
e volto são
trago em mim o mar
e o alem no mar,
a imensidão
do desejo de estar ali
e romper
e nos lavar
e se possa descobrir
o mistério do velho mar
a beleza
de ter em si
o poder
de desnudar
devassar o existir
ir ao centro do que é amar

- MV - 95 -

terça-feira, 29 de maio de 2007

CELEBRAR


no quando a tribo voltar
ocupar seu lugar e dançar
acordar poeira do chão
pra que o homem-de-lata então
se veja na tribo
e que a luz
que brilha dos belos e nus
propicie o ato de ter
toda alma no corpo a tremer
que o gozo dessa sensação
se espalhe por toda nação
evapore e em nuvem no céu
se derrame garoa ao léu
o beijo da água
molhar
e o homem-de-lata
enferrujar
não mais a carcaça
a impedir
o homem mais homem
sorrir



- MV - 97 -

TARDE AMENA

é como fio pra renda
é assim que chego em ti
tramado em todo desvelo
de ser eterno ,sim
nas mãos vincadas ao tempo
de um velho anseio, pelo desenho de mim
barroco traço que prenda
segredo nosso que diz
nos nós atados perfeitos
somos paixão desde aqui
pra não findar tal enredo
esse enleio, até o feito surgir
ainda a tarde amena
e o sol luzindo o cingir
brotando os tão benfazejos
vestígios da peça enfim
arrematados com esmero e cor e efeitos
que cubra todo existir
do inicio ao meio
manta de um amor sem fim

- MV - 2001-